O Teatro das Tesouras – 2018 – EP 8
- dezembro 14, 2024
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O oitavo episódio de “O Teatro das Tesouras”, que retrata a eleição presidencial de 2018, descreve o cenário político brasileiro como um palco manipulado por uma falsa dicotomia
O oitavo episódio de “O Teatro das Tesouras”, que retrata a eleição presidencial de 2018, descreve o cenário político brasileiro como um palco manipulado por uma falsa dicotomia
O oitavo episódio de “O Teatro das Tesouras”, que retrata a eleição presidencial de 2018, descreve o cenário político brasileiro como um palco manipulado por uma falsa dicotomia entre esquerda e direita. O documentário argumenta que, por anos, PT e PSDB se revezaram no poder, representando variações de um mesmo projeto político-ideológico, enquanto a população era privada de uma escolha genuína. No entanto, a ascensão de Jair Bolsonaro, um político de extrema-direita, representou uma ruptura nesse sistema.
A eleição de 2018 se desenrola em um contexto de profunda crise política e social:
A prisão de Lula, em abril de 2018, abalou o PT e criou um vácuo de poder na esquerda. Diante da impossibilidade de Lula concorrer, o partido escolheu Fernando Haddad como candidato, um nome sem grande expressão nacional, na tentativa de manter o legado de Lula e o projeto político petista.
A campanha de Haddad se apoiou na figura de Lula como um mártir político, vítima de uma perseguição judicial e midiática. O PT tentou mobilizar a militância e explorar o sentimento de revolta contra a prisão de Lula para conquistar o eleitorado.
Jair Bolsonaro (PSL) emerge como o principal antagonista do PT, capitalizando o sentimento de antipetismo e a onda conservadora que tomava conta do país. Bolsonaro, um deputado federal de extrema-direita, conhecido por suas declarações polêmicas e por seu discurso agressivo, se apresentava como o único capaz de romper com o sistema político corrupto e de restaurar a ordem e a moral no Brasil.
O documentário destaca o uso das redes sociais por Bolsonaro para se conectar diretamente com o eleitorado e para disseminar sua mensagem antissistema. Bolsonaro se beneficiava da desilusão da população com os políticos tradicionais e da crescente polarização política, que o colocava como a única alternativa ao PT.
A campanha de Bolsonaro é marcada pelo discurso de ódio, pela defesa da violência, pelo ataque às minorias e pela apologia à ditadura militar. O documentário critica a propagação de fake news e a manipulação da opinião pública por parte da campanha de Bolsonaro.
A polarização ideológica se intensifica durante a campanha, com o país dividido entre apoiadores de Bolsonaro e de Haddad. O atentado sofrido por Bolsonaro, em setembro de 2018, contribui para fortalecer sua imagem de vítima e para mobilizar ainda mais seus apoiadores.
Bolsonaro é eleito com 55% dos votos, representando uma ruptura com o sistema político tradicional e a ascensão da extrema-direita no Brasil. O documentário argumenta que a vitória de Bolsonaro é resultado da manipulação política, da disseminação do medo e do ódio, e da fragilidade da oposição.
A eleição de 2018 é retratada como um marco na história política brasileira, com a ascensão de um líder autoritário e a ameaça à democracia. O documentário questiona o futuro do Brasil sob o governo Bolsonaro e a possibilidade de o país retroceder em conquistas sociais e democráticas.