O Brasil Subjugado: Uma Análise da Nova Ordem Mundial por Olavo de Carvalho

Em “O Brasil perante a nova ordem mundial”, Olavo de Carvalho convida o espectador a olhar além do horizonte imediato da política nacional e a enxergar o Brasil como um peão num jogo de xadrez global. A “nova ordem mundial”, para Olavo, não é uma teoria da conspiração, mas uma realidade palpável, comandada por “elites globalistas” que ditam as regras do jogo e manipulam os países a seu bel-prazer.

O Brasil, nessa nova ordem, ocupa a posição de “periferia”, um “rabo de cachorro” incapaz de abanar o cão. Essa subordinação, argumenta Olavo, não se dá apenas no plano econômico, mas principalmente no cultural e intelectual. A “elite intelectual” brasileira, “incapacitada para comprehender a realidade”, reproduz passivamente as “instruções” emanadas da ONU e de outras organizações internacionais.

Olavo aponta para a influência nefasta da China na economia brasileira, um processo que passa despercebido pela maioria da população, anestesiada pelo discurso “economicista” que domina o debate público. Essa visão reduzida da realidade, adverte Olavo, impede o Brasil de perceber as implicações geopolíticas e culturais dessa relação assimétrica.

A mídia, mais uma vez, desempenha um papel central nesse processo de dominação. Segundo Olavo, ela atua como “educadora da população”, moldando seus valores e crenças, mas o faz de forma distorcida, reproduzindo a agenda globalista e silenciando qualquer dissidência. O resultado é uma “uniformidade” assustadora na mídia brasileira, onde todos os jornais e revistas repetem o mesmo discurso, como em um coro ensaiado.

Olavo desmonta o “mito da cobiça internacional sobre o Brasil”, argumentando que os Estados Unidos nunca tiveram interesse em invadir o país. Ele cita como exemplo a “invasão de Cuba” em 1961, onde o governo americano abandonou os exilados cubanos à própria sorte, demonstrando a falta de apetite por intervenções militares na região.

A verdadeira ameaça, segundo Olavo, vem de dentro: a “teratologia intelectual” que grassa no país desde a década de 60, agravada pela “pobreza intelectual” do regime militar. Os militares, formados na cartilha positivista, desprezaram o debate ideológico e abriram as portas para o avanço do marxismo cultural, preparando o terreno para a ascensão do PT.

Olavo propõe uma “república plebiscitária” como antídoto para essa crise. O povo, ignorante e manipulado, precisa ser chamado a participar das decisões fundamentais do país, superando a “democracia fingida” do sistema representativo atual. Somente a participação ativa da sociedade civil, orientada por uma “nova elite intelectual”, poderá resgatar o Brasil das garras da nova ordem mundial.

“O Brasil perante a nova ordem mundial” é um chamado à ação, um grito de alerta para um país à beira do abismo. Olavo de Carvalho, com sua erudição e coragem, acende uma facha na escuridão, iluminando os perigos e as possibilidades que se apresentam ao Brasil neste novo século.