Dossiê: Rockefeller, Moreira Salles e Dulles – A origem do campeão nacional
dezembro 18, 2024
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Dossiê: Tordesilhas – Uma Análise da História Brasileira e Suas Conexões Internacionais O dossiê apresentado por Kim Paim explora as intrincadas relações entre grupos de poder, empresas e
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Dossiê: Tordesilhas – Uma Análise da História Brasileira e Suas Conexões Internacionais
O dossiê apresentado por Kim Paim explora as intrincadas relações entre grupos de poder, empresas e políticos, tanto nacionais quanto estrangeiros, que moldaram a história econômica e política do Brasil. A vídeo começa com a menção a um fato histórico inédito, envolvendo grupos globais e o Brasil.
1. A Conexão Rockefeller e o Chase Manhattan Bank
Augusto Trajano de Azevedo Antunes: O empresário brasileiro é apresentado como uma figura central na trama. Sócio da Bentley Steel e da Hann Mine, e amigo do banqueiro David Rockefeller.
Conselho de Administração do Chase Manhattan Bank: Azevedo Antunes tomou posse no conselho de administração do banco, uma posição de grande influência, o que demonstra a forte ligação com o grupo Rockefeller.
Encontro no Rio de Janeiro: David Rockefeller veio ao Brasil para um encontro do comitê jurídico internacional do Chase Manhattan, hospedando-se no Copacabana Palace a convite de Azevedo Antunes.
Walter Moreira Salles: Apresentado como figura presente em diversos eventos importantes, inclusive na recepção a Rockefeller, o que sugere um papel de influência e conexão.
Antônio Galote: Sócio de Azevedo Antunes no Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPS), e também convidado para um comitê do Chase Manhattan.
1961: Fundação do IPS por Azevedo Antunes e Antônio Galote, um instituto que serviu como braço de propaganda e de comoção social, auxiliando em movimentos como a “Marcha da Liberdade”. O IPS, juntamente com o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), financiou campanhas políticas e a organização de bancadas favoráveis aos interesses de grupos internacionais.
Augusto Trajano de Azevedo Antunes
2. O Caso da Hanna Mining e a Disputa pelo Minério de Ferro
John Watson Foster Dulles: Historiador e diretor da Hanna Mining no Brasil, filho do ex-secretário de Estado dos EUA, John Foster Dulles, conhecido por suas ligações com o grupo Rockefeller. Sua presença levanta suspeitas sobre seus verdadeiros objetivos no país.
Interesses da Hanna: A empresa tinha interesse na jazida de minério de ferro e começou a adquirir ações da Saint John Del Ray Mining, mineradora britânica proprietária do terreno.
Código de Mineração de 1954: Este código estabeleceu que apenas empresas brasileiras poderiam explorar o subsolo, levando a Hanna a criar uma subsidiária brasileira, a Companhia de Mineração Nova Limense.
Disputa com a Vale do Rio Doce: A Vale, empresa nacional, combatia o direito da Hanna de extrair minério, resultando em investigações e um decreto de desapropriação pelo governo Goulart em 1962.
A Revolta que Derrubou Goulart: A revista Fortune, em 1965, afirmou que a queda do governo Goulart foi um “resgate de última hora” para os interesses da Hanna.
Visitas Estratégicas: John Watson Foster Dulles, John Mccloy (presidente do conselho do Chase Manhattan) e Humphrey fizeram visitas a autoridades brasileiras em momentos críticos na luta da Hanna para obter a concessão de minério de ferro.
John Watson Foster Dulles
3. O Papel de Agentes Nacionais e a Influência Estrangeira
Lucas Lopes: Ex-ministro da Fazenda no governo de Juscelino Kubitschek, que também atuava como diretor da Hanna no Brasil.
Roberto Campos: Ministro do Planejamento que, antes de assumir o cargo, trabalhou como consultor para a Hanna através da empresa Consultec. Ele é apontado como um dos articuladores para a empresa conseguir concessões no país.
Ibade e o Financiamento de Campanhas: O IBAD, sob a influência de John Foster Dulles Jr., financiou campanhas políticas em troca de apoio aos interesses estrangeiros, especialmente os da Hanna.
CPI da Hanna: Uma comissão parlamentar de inquérito investigou as atividades do grupo Hanna no Brasil, revelando as manobras para influenciar o governo.
Manobras de Roberto Campos: O ministro é acusado de planejar a melhor forma para a Hanna concretizar seus investimentos, inclusive pressionando para modificar o código de mineração brasileiro.
Hélio Fernandes: Jornalista que denunciava as ações da Hanna e de outros grupos estrangeiros, e suas associações com figuras do governo brasileiro.
Desestatização e Entrega de Recursos: O dossiê demonstra como empresas nacionais eram vendidas a grupos estrangeiros, com auxílio de políticos e empresários que atuavam como “testas de ferro”. A indústria naval é citada como um setor estratégico que também foi alvo de interesses estrangeiros.
4. O Caso do Nióbio e a CBMM
Aeng e a Dema: A Aeng, assim como a Hanna, tentou se “nacionalizar” através da Dema para explorar o nióbio em Araxá.
CBMM: A Dema foi transformada na Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), onde o controle acionário foi negociado com grupos americanos, mas o controle da empresa permanece com a família Moreira Salles.
5. O Club de Roma e Outras Conexões Internacionais
Israel Klabin: Integrante do grupo 1001 e do Clube de Roma, que promovia seminários sobre o futuro do mundo, e tinha ligação com figuras como Celso Lafer e Fernando Henrique Cardoso.
Paulo Domingos Ribas Ferreira: Primeiro brasileiro a participar do Fórum Econômico Mundial, em 1978, e também membro do Clube de Roma. Ele era uma figura importante na indústria naval brasileira.
6. A Continuidade do Entreguismo e a Crítica ao Status Quo
Desestatização do Governo Figueiredo: O governo de João Figueiredo é criticado por apoiar a desestatização da economia, com o empresário Azevedo Antunes elogiando a medida.
A Crítica ao Liberalismo: O dossiê questiona a visão simplista do liberalismo, argumentando que ele tem sido usado para justificar a entrega de recursos e a vassalagem do Brasil.
A Importância da Consciência Histórica: O vídeo enfatiza a importância de conhecer a história do Brasil para entender os problemas atuais e as forças que impedem o avanço do país.
Consequências para o Brasil
A linha do tempo apresentada por Kim Paim revela como o Brasil, ao longo das décadas, foi palco de manobras políticas e econômicas que beneficiaram grupos estrangeiros e uma elite nacional, em detrimento do desenvolvimento do país e do bem-estar da população. A perda de controle sobre setores estratégicos, como mineração, energia e indústria naval, gerou dependência e limitou a soberania nacional.
O dossiê do Kim Paim oferece um panorama profundo e crítico da história brasileira, expondo a complexa teia de interesses que moldaram o país. Ao detalhar as ações dos agentes, as consequências para o Brasil, o autor nos convida a uma reflexão sobre como podemos construir um futuro melhor, sem as amarras do passado. O conhecimento da nossa história é um passo fundamental para romper com o ciclo de exploração e construir uma nação verdadeiramente soberana.
Para este e mais dossiês além de notícias diárias fica nossa recomendação do canal no Youtube do Kim Paim: