19/04/2025
Ataques a Soberania

Máfia Verde: ONGs internacionais e partidos da esquerda alemã contra projetos brasileiros de energia e infraestrutura.

  • janeiro 15, 2025
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Os resultados alarmantes de estudos pseudocientíficos conduzidos por outras ONGs foram reproduzidos aqui novamente.A lista desta vez mirava projetos de infraestrutura, como as usinas hidrelétricas de Belo Monte

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Máfia Verde: ONGs internacionais e partidos da esquerda alemã contra projetos brasileiros de energia e infraestrutura.

Os resultados alarmantes de estudos pseudocientíficos conduzidos por outras ONGs foram reproduzidos aqui novamente.
A lista desta vez mirava projetos de infraestrutura, como as usinas hidrelétricas de Belo Monte e Santa Isabel, o gasoduto Urucu-Porto Velho, as hidrovias Araguaia-Tocantins e Paraguay-Paraná, entre outros.

É interessante notar que a base das descrições vem de um estudo intitulado “dossiê sobre os riscos socioambientais dos projetos de energia e infraestrutura no Brasil apresentados como oportunidades de negócios para investidores internacionais”.
Os trabalhos foram patrocinados pela fundação “Heinrich Böll”, do partido verde alemão, e apresentados pela coalizão de ONGs “Living Rivers”, coordenada por Lúcia Schild Ortiz e Glenn Switkes da “International Rivers Network”, Mauricio Galinkin da “Fundação CEBRAC”, Barbara Happe da ONG alemã “Urgewald” e José Rafael Ribeiro da “Sociedade Angrense de Proteção Ambiental”.

O objetivo explícito do dossiê era desencorajar possíveis investidores alemães em obras de infraestrutura no Brasil, após a reunião realizada no início de 2002 entre o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, e o primeiro-ministro alemão, Gerhard Schröder. Durante essa reunião, FHC e G. Schröder concordaram em lançar uma iniciativa conjunta no campo das infraestruturas e da energia, visando criar oportunidades de investimento nesses setores no Brasil.
Em junho do mesmo ano, a iniciativa de cooperação Brasil-Alemanha no setor de infraestrutura e energia foi lançada.
Deve-se notar que a fundação “Heinrich Böll”, financiada pelo governo alemão, tem um orçamento anual equivalente a 70 milhões de reais brasileiros e inaugurou, em 2002, seu escritório no Rio de Janeiro, com um orçamento anual de 3 milhões de reais brasileiros.

Na mesma ocasião, começaram a aparecer na imprensa local e mundial os primeiros relatórios sobre o aumento das taxas “alarmantes” de desmatamento na Amazônia, e logo depois, a ONG “Conservation International” publicou outro relatório sobre a região, intitulado “Transformar o arco do desmatamento em arco do desenvolvimento sustentável: uma proposta de ações emergenciais”, com sugestões radicais envolvendo a criação de novas reservas ambientais, indígenas e coloniais ao longo de um verdadeiro “cordão sanitário” para conter o avanço da fronteira agrícola.

O “cordão sanitário” do relatório agrupa 524 municípios e uma população de mais de 10 milhões de pessoas!
Segundo o estudo, as reservas e parques naturais se estendem por 6,5 milhões de hectares e as reservas indígenas, por 24,4 milhões de hectares.
Entre as propostas apresentadas, a proibição total de novas licenças de desmatamento na região, a criação de 34 novas reservas naturais (das quais 15 são “reservas integrais”, com uma área mínima de 500.000 hectares), o estabelecimento de “corredores ecológicos” conectando todas as áreas protegidas entre si e o incentivo, através de fácil obtenção de financiamento, à criação de reservas privadas do patrimônio natural (RPPN) ao longo do “cordão sanitário”.

A justificativa para a criação do “cordão sanitário” é o aumento do controle sobre o desmatamento desordenado na região de transição entre o Cerrado e a Amazônia, principalmente praticado pelos assentamentos do “INCRA”. O “INCRA”, ou “Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária”, é um órgão governamental brasileiro responsável pela implementação da política de reforma agrária e colonização no país.
No entanto, seria ingênuo não ver que a proposta também impede a integração da Amazônia brasileira com o restante do país.

Deve-se notar que um dos mentores do novo modelo é Sir Ghillean Prance, ex-diretor do “Jardim Botânico Real de Kew”, na Inglaterra, um colaborador regular da “Conservation International”.
Sir Ghillean, além de ser um especialista renomado na flora amazônica, dirigiu pesquisas na região brasileira por 25 anos, fala fluentemente português e faz parte da alta hierarquia do establishment imperial britânico, conforme evidenciado por seu título de nobreza e sua estadia de nove anos em Kew, um cargo geralmente reservado para tais personalidades.

A ofensiva “verde” contra os projetos de infraestrutura na Amazônia continuou com o “Grupo Consultivo Internacional (IAG)” do “Programa Piloto de Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7)”, financiado pelos sete países membros do G7, que entregou ao Ministro do Meio Ambiente, Marina Silva, o relatório da 19ª reunião de avaliação do programa, em 1º de agosto de 2003. Intitulado “O AAE 2004-2007 na Amazônia: novas tendências e investimentos em infraestrutura”, o documento destacava que todos os trabalhos previstos no “AAE” deveriam ser reavaliados, o que era um eufemismo para sugerir que não fossem implementados, alegadamente porque seus verdadeiros impactos sociais e ambientais não teriam sido corretamente considerados.

Entre outras sugestões, o relatório do “Grupo Consultivo Internacional (IAG)” propunha que grandes empresas pagassem uma espécie de “pedágio amazônico” para constituir um fundo destinado a compensar as responsabilidades sociais que causariam aos agricultores familiares e populações tradicionais, evitando assim sua expulsão das terras. Ou seja, uma maneira de disfarçar uma “taxa verde” sobre essas empresas.

Não é coincidência que o presidente do “IAG”, Roberto Smeraldi, acumule a função de diretor da filial brasileira da ONG “Amigos da Terra”.
Na estratégia de assédio permanente do aparelho ecologista-independente, a imprensa – particularmente anglo-americana – desempenha um papel crucial, como caixa de ressonância internacional para os relatórios “eco-apocalípticos” sobre o Brasil, especialmente aqueles relacionados à Amazônia.

Sua eficácia foi plenamente demonstrada pelo grande destaque mundial do assassinato de Chico Mendes, em dezembro de 1988, quando o líder do país, praticamente desconhecido em seu próprio país, transformou-se instantaneamente em um campeão internacional das causas ambientais, um caminho anunciado em grandes reportagens e editoriais em todos os continentes.

Chico Mendes

Em agosto de 1993, o processo se repetiu quando a morte dos índios “Yanomami” foi anunciada durante um conflito com garimpeiros que trabalhavam na fronteira entre Brasil e Venezuela.
Mesmo com a falta de informações precisas, em poucos dias, o número de indígenas que supostamente teriam sido mortos fez manchetes, passando de alguns para centenas, com a palavra “genocídio” sendo repetida à exaustão em várias línguas.
Finalmente, descobriu-se apenas cinzas supostamente pertencentes aos indígenas mortos, mas o episódio contribuiu para promover a imagem do Brasil como o “inimigo público ambiental número um”.

Nos últimos anos, a expansão da fronteira agrícola na região do cerrado e nas áreas de transição para a floresta amazônica tem sido um alvo prioritário dos meios de comunicação internacionais.
Dois exemplos didáticos ajudam a entender o processo.
Em 17 de setembro de 2003, o “New York Times”, um porta-voz bem conhecido dos principais centros de poder americanos, publicou um artigo intitulado “As Plantas de Soja Desmatam a Profunda Amazônia”, repetindo a litania que acusa os produtores de soja brasileiros de serem responsáveis pela “imensa desflorestação da Amazônia”.
O artigo atacava explicitamente o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, por “defender a soja como motor do crescimento e do desenvolvimento da Amazônia” e por seu objetivo de “quase triplicar a área plantada com soja nos próximos dez anos no Mato Grosso”.

Blairo Maggi

Com a linguagem arrogante que caracteriza o porta-voz dos grupos hegemônicos internacionais, o autor Larry Rohter, correspondente do jornal “New York Times” na América Latina, implicitamente exigiu o cancelamento do asfaltamento da rodovia BR-163: “Os produtores se expandem para o norte, ao coração da Amazônia, especialmente ao longo dos 1750 quilômetros da rodovia chamada BR-163, que liga essa cidade (Cuiabá) ao porto amazônico de Santarém.
Com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os governos dos estados da Amazônia pressionam pelo asfaltamento.
Mas cientistas e economistas dizem que isso poderia acelerar tanto o desmatamento quanto o cultivo de soja.
Mas os especialistas concordam em afirmar que, se o cultivo de soja continuar a se espalhar pelos estados do Mato Grosso e Pará, a ameaça aos ecossistemas da Amazônia vai se agravar nos próximos anos.”

Para apoiar sua tese, Rohter ouviu celebridades bem conhecidas do ambientalismo internacional, como o antropólogo Stephen Schwartzman, do “Fundo de Defesa Ambiental” e membro fundador do “Instituto Socioambiental (ISA)”, uma das ONGs mais ativas contra os trabalhos de infraestrutura na região.
“O novo fator em jogo na Amazônia é claramente a soja e a atração que ela exerce sobre a agroindústria”, disse ele a Rohter. Schwartzman é conhecido como um dos propagandistas alarmistas mais ativos da “devastação da Amazônia” na imprensa internacional. Outro citado no artigo foi Daniel Nepstad, do “IPAM” (“Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia”, uma ONG brasileira que analisa políticas públicas), um dos autores do relatório mencionado anteriormente condenando o programa “Avança Brasil”.

O momento da publicação do artigo de Rohter deve ser analisado à luz da reunião da “Organização Mundial do Comércio (OMC)” em Cancún, no México, onde o Brasil conseguiu reunir consigo um grupo de mais de 20 países opostos às políticas para o setor agrícola dos “dois grandes”, Estados Unidos e União Europeia.
Apesar de suas divergências comerciais no setor (principalmente com as reticências sobre organismos transgênicos), os Estados Unidos e a União Europeia chegaram à reunião com uma posição comum de manter a política controversa de subsídios a seus produtores agrícolas.

Por essa razão, o governador Blairo Maggi declarou que interpretou o artigo de Rohter como o reflexo da concorrência entre os produtores americanos e brasileiros.
“Eles devem usar esses recursos para frear a produção do Brasil, que já é o maior exportador mundial de soja e será o maior produtor.
Essa liderança incomoda os Estados Unidos”, disse ele ao jornal “O Estado de S. Paulo” em 22 de setembro de 2003, negando ter se declarado a favor do desmatamento da floresta amazônica para a expansão da agricultura, como afirmou Rohter no artigo.

Referências:

‘Máfia Verde: O Ambientalismo a Serviço do Governo Mundial’
por Lorenzo Carrasco (Autor), Silvia Palacius (Autor), Geraldo Luís Lino (Autor) 

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Ambientalismo. Novo Colonialismo – Volume 2. Coleção Máfia Verde
por Lino Geraldo Luiz (Autor), Carrasco Lorenzo (Autor), Costa Nilder (Autor), Palacios Silvia (Autor)

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2 Comments

  • Saúdo o sítio e o autor pela disposição de confrontar o aparato ambientalista-indigenista internacional e sua nefasta influência no Brasil. Apenas faço a ressalva de que seria elegante e de justiça citar como uma das referências do artigo o livro “Máfia Verde: ambientalismo, novo colonialismo” (Capax Dei, 2005), do qual sou coautor, junto com Lorenzo Carrasco, Silvia Palacios e Nilder Costa, de onde o autor extraiu parágrafos inteiros quase literalmente.

    • Quanta honra receber um comentário do autor do livro base deste artigo!
      Pedimos desculpas pela falha.

      Já corrigimos e inclusive adicionamos o link para que os leitores possam comprar o seu livro!

      Equipe Verde & Amarelo.

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