19/04/2025
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O ambientalismo e o indigenismo são instrumentalizados como armas políticas

  • janeiro 10, 2025
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Com orgulho, apresentamos Antoine Bachelin Sena como novo colaborador do site VerdeAmarelo, onde ele trará suas perspectivas únicas e valiosas para enriquecer nossos conteúdos.Acompanhe no X do Antoine

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O ambientalismo e o indigenismo são instrumentalizados como armas políticas

Com orgulho, apresentamos Antoine Bachelin Sena como novo colaborador do site VerdeAmarelo, onde ele trará suas perspectivas únicas e valiosas para enriquecer nossos conteúdos.
Acompanhe no X do Antoine Bachelin Sena x.com/antoinebachelin e no Livro 📕 «Amazônia Política» que estará a venda antes do final de maio 2025. No momento está disponível em francês e em inglês

Continue a leitura do artigo O ambientalismo e o indigenismo são instrumentalizados como armas políticas:

As ONGs que proliferam e sua falta de controle e transparência.

De acordo com cálculos feitos já em 2007, podia-se constatar que o Brasil havia se tornado o paraíso das ONGs.

Naquela época, o número de organizações não governamentais girava em torno de 250.000, com financiamentos federais de aproximadamente 3 bilhões de reais.

Hoje, estima-se que existam cerca de 850.000 ONGs ativas no país, recebendo mais de 18 bilhões de reais por ano em subsídios federais.

O que é mais preocupante neste contexto é que o governo federal não possui um registro confiável dos verdadeiros serviços prestados por essas entidades, onde elas realmente atuam e como agem.

Com esta falta de controle, muitas vezes intencional, as acusações de corrupção e interferência dessas entidades nos assuntos do Estado, incluindo aqueles de segurança nacional, abundam.

Projetos que propõem regulamentação e até mesmo o estabelecimento de um quadro regulatório para ONGs dormem há anos nas gavetas do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.

A Comissão Parlamentar de Inquérito das ONGs de 2003 estimou que entre as organizações desse tipo que operavam de fato na Amazônia, a maioria das ONGs estava diretamente ou indiretamente ligada a organismos internacionais e com objetivos pouco claros ou até mesmo muito suspeitos.

Rica em minerais considerados de interesse estratégico extremo, como o nióbio, utilizado em diversos componentes da indústria aeroespacial, entre outros elementos químicos, e possuindo a maior reserva mundial de água potável, a Amazônia brasileira é cada vez mais cobiçada em escala global, sem resposta efetiva por parte das autoridades hipócritas e vendidas.

Os políticos se mostraram incapazes, até agora, de enviar tropas para ocupar a região com leis que até impedem o exército de entrar em certos territórios. Existe, por exemplo, a Lei OIT 169 criada por Fernando Henrique Cardoso que visa afastar o exército e a polícia das operações de contrabando de minerais e drogas.

A paralisação de infraestruturas-chave, com políticas de balcanização e dominação financeira.

Abordemos agora a complexidade e as implicações da demarcação de terras indígenas no Brasil, particularmente na região de Raposa/Serra do Sol em Roraima.

A Constituição de 1988 reconhece aos povos indígenas direitos originários sobre as terras que ocupam tradicionalmente, representando cerca de 15% do território nacional.

Essa demarcação criou uma espécie de “dois Brasis”, onde as populações indígenas são segregadas em reservas com proteções federais específicas para sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições.

Este processo foi fortemente criticado por ser uma forma de colonialismo pós-moderno, onde interesses oligárquicos se escondem atrás de um militante ambientalista-indigenista.

Estes interesses visam manter o Brasil em um estado de subdesenvolvimento, paralisando projetos de infraestrutura essenciais sob o pretexto de proteger os direitos indígenas e a natureza.

O que também se observa é a influência internacional e manobras políticas, como a tentativa de introduzir o conceito de “plurinacionalidade” na Constituição brasileira, onde os povos indígenas teriam dupla nacionalidade.

Roberto Cardoso de Oliveira frequentemente criticou o etnocentrismo na antropologia brasileira, destacando como os estudos sobre os povos indígenas podem servir de ferramentas para justificar ou influenciar agendas políticas.

Em seu livro “Sobre o Pensamento Antropológico” (1988), ele ilumina como a antropologia e, mais particularmente, a “etnopolítica” podem ser utilizadas para reforçar ou contestar visões da nação brasileira, incluindo sobre políticas indigenistas.

Paralelamente, organizações como a Fundação Wenner-Gren apoiaram pesquisas antropológicas que justificam práticas sociais extremas sob o pretexto da seleção natural, influenciando assim políticas e movimentos indigenistas.

É importante criticar a evolução das constituições brasileiras desde 1934 até 1988, notando uma mudança radical na reconhecimento dos direitos dos povos indígenas, indo da simples proteção de sua posse à reconhecimento de direitos exclusivos sobre recursos naturais e subsolo.

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Esta evolução é vista como uma manipulação política por forças externas e internas, buscando influenciar a política brasileira em favor de uma visão indigenista que prejudica extremamente o desenvolvimento nacional.

O indigenismo, apoiado por mudanças culturais desde os anos 1960, propõe reivindicações além da propriedade fundiária, visando a uma reformulação geopolítica.

Esta dinâmica encontra suas origens na “lenda negra”, uma ofensiva das potências coloniais anglo-protestantes contra a colonização ibérica, ligada ao controle econômico e à filosofia da “navegação livre” e do “nobre selvagem”.

A “lenda negra” (leyenda negra em espanhol) é um termo que descreve uma percepção negativa do Império Espanhol e, por extensão, do Império Português, muitas vezes propagada por autores e nações de tradição protestante, notadamente anglo-saxãs. Esta lenda acusa esses impérios de crueldade contra as populações indígenas e de ineficiência administrativa. A lenda negra é percebida como uma manipulação política que poderia servir interesses econômicos ou geopolíticos estrangeiros ao retratar as potências ibéricas sob uma luz desfavorável.

A “navegação livre” refere-se aos princípios e políticas que apoiavam a liberdade de navegação nos mares, particularmente no contexto do Atlântico nos séculos XVIII e XIX. Este conceito foi central nos conflitos comerciais e diplomáticos entre as potências europeias, onde as nações protestantes, em particular a Grã-Bretanha, defendiam o direito à navegação sem restrições, muitas vezes em oposição aos monopólios marítimos da Espanha e de Portugal. No Brasil, a ideia de navegação livre foi usada como uma alavanca para pressionar o país a se conformar com normas internacionais que favoreciam o comércio e a influência britânica, por exemplo. Esta doutrina teve repercussões na política brasileira, notadamente incitando a uma abertura econômica que poderia às vezes estar em contradição com os interesses de desenvolvimento nacional.

O conceito do “nobre selvagem” emerge principalmente dos escritos dos filósofos do Iluminismo como Jean-Jacques Rousseau, que idealizava os povos não europeus como sendo mais “puros” e “naturais”, vivendo em harmonia com seu ambiente e sem as corrupções da sociedade civilizada. No contexto brasileiro, esta ideia foi retomada e às vezes usada para justificar políticas indigenistas que privilegiavam a preservação dos modos de vida tradicionais em detrimento do desenvolvimento econômico ou da integração nacional. A idealização do selvagem nobre pode ser vista como uma forma de manipulação cultural visando influenciar as políticas nacionais a favor da proteção dos povos indígenas, o que, segundo alguns críticos, poderia obstruir o desenvolvimento nacional criando zonas economicamente estagnadas ou limitando a exploração de recursos naturais.

Essas ideias foram utilizadas para fragilizar os Estados-Nações da América Latina, notadamente através de políticas de balcanização e dominação financeira pós-independência. A balcanização, neste contexto, refere-se à divisão ou fragmentação das nações em entidades políticas menores ou autônomas, muitas vezes sobre linhas étnicas ou culturais.

Isso foi facilitado por políticas que incentivam a autonomia regional ou tribal, o que pode levar a tensões internas e à diluição da unidade nacional.

Além disso, a dominação financeira pós-independência por instituições internacionais e países estrangeiros tem sido frequentemente condicionada por reformas estruturais que podem incluir concessões territoriais ou direitos específicos para as populações indígenas, às vezes em detrimento do controle centralizado do Estado sobre seus recursos e territórios.

A comemoração do quinto centenário da Descoberta da América em 1992 marcou um ponto de virada para os movimentos indigenistas. Esta data simbólica foi usada para questionar as raízes culturais e políticas da América Latina, frequentemente vistas como de origem europeia e, mais especificamente, da Renascença.

As reivindicações indigenistas buscaram contestar essa narrativa, destacando as culturas e contribuições dos povos indígenas que estavam lá bem antes da chegada dos europeus.

Campanhas como “500 anos de resistência indígena, negra e popular” emergiram, ressaltando não apenas a rejeição da celebração da “descoberta”, mas também o reconhecimento das lutas passadas e atuais dos povos indígenas por seus direitos e cultura.

Esta comemoração assim foi um catalisador para movimentos que reivindicam uma reescrita da história nacional, uma redistribuição de terras, direitos linguísticos, e às vezes até uma reorganização política que poderia incluir formas de governo autônomo para os povos indígenas, todas essas ações contribuindo para uma transformação profunda da identidade e da governança dos Estados-Nações na América Latina.

Projetos como a Iniciativa do Escudo das Guianas visam dominar uma região estratégica, refletindo uma continuidade das políticas coloniais anglo-holandesas.

A Iniciativa do Escudo das Guianas, frequentemente mencionada em discussões geopolíticas e ecológicas, visa promover um desenvolvimento sustentável e proteger a biodiversidade na região geográfica conhecida como Escudo das Guianas, que abrange partes do Guyana, Suriname, Guiana Francesa, Venezuela e Brasil.

No entanto, alguns críticos veem nesta iniciativa uma continuidade e até mesmo uma ressurreição das antigas políticas coloniais, especialmente aquelas das potências anglo-holandesas, que historicamente buscaram dominar esta região estratégica por suas riquezas naturais e posição geográfica.

Projetos como a “Iniciativa Amazônica” e certificações florestais como o “Forest Stewardship Council (FSC)” buscam estabelecer zonas de exclusão econômica, limitando assim a exploração local de recursos, lembrando a maneira como as antigas potências coloniais restringiam o acesso às terras e recursos para as populações locais.

Esta estratégia utiliza o ambientalismo e o indigenismo como armas políticas.

O uso de histórias teológicas & manipulações sociais.

A teologia da libertação, surgida nos anos 1960 na América Latina, é uma instrumentalização teológica católica que procura aplicar os ensinamentos de Jesus às condições socio-políticas e econômicas dos pobres e oprimidos.

Dom Pedro Casaldáliga, uma figura central dessa teologia, trouxe uma dimensão única ao se identificar com os conceitos da “Mãe Terra”, inspirado por sua experiência na África e seu trabalho no Brasil, onde desempenhou um papel significativo no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Casaldáliga, que chegou ao Brasil em 1968, aplicou os métodos de luta que havia desenvolvido na África, visando mobilizar as populações locais contra a injustiça social e a repressão econômica.

Baseando-se na pedagogia socio-construtivista de Paulo Freire (que nem sequer alfabetizou sua própria esposa), ele implementou estratégias de “alfabetização e consciência social”, ou seja, manipulação e engenharia social, transformando comunidades rurais em focos de resistência e rebelião contra estruturas “opressoras”. Ele transformou essas comunidades em agentes da revolução.

O patrocínio de organizações e conferências internacionais.

A conferência de 1937 em Oxford marcou uma virada com a criação do Conselho Ecumênico das Igrejas (CEI), apoiado por figuras da oligarquia britânica e americana.

Este conselho promoveu a ideia de um governo mundial, criticando a soberania nacional como causa de guerras.

Elaine Dewar, em seu livro “O Véu Verde”, descreve o CEDI (Centro Ecumênico de Documentação e Informação) como um centro de interesse em uma rede complexa de financiamento e operações visando promover ONGs de suposta “defesa do meio ambiente e dos direitos humanos” no Brasil, com fundos provenientes dos EUA, mas também da Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional.

O Conselho Mundial dos Povos Indígenas (CMPI), fundado em 1975, foi uma peça-chave nesta estratégia, apoiado pelo CEI e governos como o do Canadá, visando transformar o paradigma da soberania favorecendo a autonomia dos povos indígenas, o que se alinha com os objetivos imperialistas de dividir para governar.

O CMPI foi financiado e organizado por entidades como o CEI e o governo canadense, com figuras-chave como George Manuel, que desempenharam um papel central na promoção do indigenismo internacional.

Conferências e reuniões foram organizadas para definir e promover os direitos dos povos indígenas, frequentemente criticando as políticas dos governos nacionais como a do Brasil.

O movimento indigenista é orquestrado por organizações como o Conselho Ecumênico das Igrejas, ligadas à oligarquia britânica e americana, buscando fragmentar os Estados-nações soberanos. Na Assembleia Geral de Nova Delhi em 1961, o CEI adotou resoluções que apelavam à justiça social, incluindo direitos para minorias e povos indígenas.

Em 1970, o CEI apoiou a Conferência de Cuernavaca no México, que apelou pela não-proliferação de armas nucleares na América Latina e Caribe.

Recentemente, em 2019, o CEI apoiou uma conferência em Manágua, na Nicarágua, para lutar contra o racismo nas Américas e Caribe, com a participação de representantes da Igreja brasileira. Também em 2019, um representante brasileiro do CEI destacou a importância da proteção do meio ambiente e dos direitos dos povos indígenas na luta contra a mudança climática.

Esta estratégia baseia-se em uma reorganização das relações internacionais sob um governo mundial, criticando a soberania nacional como um obstáculo à paz.

Esses esforços mostram uma continuidade das políticas imperialistas sob novas formas, utilizando o indigenismo como uma ferramenta para fragmentar os Estados-nações e promover uma governança global, frequentemente sob o patrocínio de organizações e conferências internacionais.

Transformar conflitos locais em luttes internacionais, apoiados por redes transnacionais.

O conceito de “multidão” foi amplamente desenvolvido e popularizado por Antonio Negri e Michael Hardt em seu livro “Império” publicado em 2000. Eles usam o termo “multidão” para descrever uma nova forma de sujeito político global, constituído por diversidades e diferenças, em oposição à noção tradicional de “povo” ou “proletariado”.

Segundo esta visão nova de sujeito político global, a Rússia, Alemanha, França e China são descritas como precursores de uma “guerra civil intra-imperial”, onde as tensões mundiais e as desigualdades econômicas alimentam uma revolta global, liderada pelas “multidões” – massas populares impulsionadas pela miséria decorrente do “globalismo”.

Estes movimentos, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil e levantes indígenas, visam desestabilizar os Estados-nações, tornando sua governança inviável.

O MST, em particular, se internacionalizou, influenciando movimentos similares na Bolívia e em outros lugares da América do Sul, com ligações estreitas com ONGs e figuras ideológicas como Frei Betto e Antonio Negri.

Esses grupos buscam transformar conflitos locais em lutas internacionais, apoiados por redes transnacionais e eventos como o Fórum Social Mundial.

O MST se posiciona assim não apenas no contexto brasileiro, mas em um quadro internacional, apoiado por ONGs e ideólogos que veem nesses movimentos a possibilidade de transformar conflitos locais em lutas globais.

Esta internacionalização dos movimentos sociais, notadamente via redes como a Via Campesina, mostra uma vontade de reconfigurar as relações de poder em escala mundial, utilizando os levantes locais como catalisadores para uma mudança sistêmica.

O Banco Mundial é contra o desenvolvimento.

A adoção do indigenismo por instituições multilaterais como o Banco Mundial mostra uma instrumentalização desses movimentos.

Esta instrumentalização se traduziu em iniciativas como o “comitê consultivo dos povos indígenas”, visando integrar essas populações nas estratégias enquanto as marginalizam ainda mais.

O projeto hidrelétrico de Cararaó, rebatizado como Belo Monte, foi um ponto de atrito maior, onde o Banco Mundial, sob a “pressão” ecologista e indigenista que ele próprio financia, cancelou empréstimos estabelecidos.

Isso marca uma vitória simbólica para o Banco Mundial contra o desenvolvimento energético no Brasil, demostrando como ele impediu o desenvolvimento instrumentalizando os direitos dos povos indígenas contra seus próprios interesses.

Exemplos como a suspensão do projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte (ligada a uma campanha internacional relatada pelo próprio Banco Mundial) mostram como essas ações comprometem o futuro do Brasil.

A suspensão do projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte foi influenciada por uma campanha internacional, amplificada pelas críticas e relatórios do Banco Mundial em 2008.

Essa campanha questionava a viabilidade ambiental e social do projeto, apontando especialmente o impacto sobre as populações indígenas e o ecossistema amazônico.

Em 2011, embora o projeto tenha recebido o sinal verde do governo brasileiro, foi sujeito a várias suspensões judiciais, notadamente em agosto de 2012, quando um tribunal anulou a licença de construção por não consulta aos povos indígenas.

Essas ações não só atrasaram o desenvolvimento energético do Brasil, mas também evidenciaram como pressões internacionais podem influenciar as políticas nacionais, comprometendo assim a soberania e o futuro energético do país.

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