19/04/2025
Documentários

O Teatro das Tesouras – 2010 – EP 6

  • dezembro 14, 2024
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O sexto episódio de “O Teatro das Tesouras” retrata a eleição presidencial de 2010, marcada pela escolha de Dilma Rousseff (PT) como sucessora de Lula, dando continuidade ao

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O Teatro das Tesouras – 2010 – EP 6

O sexto episódio de “O Teatro das Tesouras” retrata a eleição presidencial de 2010, marcada pela escolha de Dilma Rousseff (PT) como sucessora de Lula, dando continuidade ao projeto político petista. O documentário argumenta que Dilma, uma figura inexpressiva e sem carisma próprio, foi escolhida para ser um “fantoche” de Lula, garantindo a continuidade de seu legado e a perpetuação do PT no poder.

A escolha de Dilma como candidata é apresentada como um processo de “eliminação” dos outros nomes fortes do PT, envolvidos em escândalos de corrupção.

  • José Dirceu, o “primeiro-ministro” de Lula e figura central no mensalão, teve sua candidatura inviabilizada pela condenação no escândalo.
  • Palocci, Genuíno e Cunha também foram descartados por suas ligações com esquemas de corrupção.

Diante da falta de opções, o PT decide apostar em Dilma, ministra de Minas e Energia, um ministério sem grande projeção política e com pouca visibilidade pública.

A campanha de Dilma se apoia na popularidade de Lula e na imagem de continuidade do governo petista. O documentário critica o uso da máquina pública e a propaganda eleitoral massiva para promover a candidatura de Dilma, além da exploração de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para fins eleitorais.

José Serra (PSDB) é novamente o candidato da oposição, mas sua campanha é marcada pela falta de ímpeto e pela dificuldade de se desvencilhar da imagem de “continuidade” do governo FHC. Serra tenta se aproximar do eleitorado de esquerda, prometendo ampliar programas sociais e aumentar os gastos públicos, mas sem conseguir se conectar com a população.

A terceira via, representada por Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), não consegue espaço na polarização entre PT e PSDB. Marina repete o discurso ambientalista de campanhas anteriores, enquanto Plínio se destaca por seu estilo autêntico e suas críticas ao sistema capitalista, mas sem ameaçar a disputa entre os dois principais candidatos.

No segundo turno, a campanha se acirra, com ataques e acusações de ambos os lados. Um episódio marcante é a agressão sofrida por Serra por militantes do PT durante um evento de campanha. O documentário acusa o PT de tentar minimizar o episódio e manipular a opinião pública.

Dilma é eleita com 56% dos votos, consolidando a continuidade do projeto político petista. O documentário sugere que a vitória de Dilma representa a consolidação da “máfia petista” no poder, com a perpetuação dos esquemas de corrupção e o aparelhamento do Estado.

O documentário finaliza o episódio com a revelação de que a campanha de Serra também foi financiada por caixa 2 da Odebrecht, assim como a campanha de Dilma, evidenciando a promiscuidade entre os dois principais partidos e a falta de alternativas reais para o eleitor.

A eleição de 2010 é retratada como uma farsa, uma disputa entre dois lados da mesma moeda, ambos comprometidos com a corrupção e com a perpetuação de um sistema político viciado.

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